Idalécia era uma morena de corpo
generoso. Peito altivo, a querer saltar para fora do soutien. O cabelo muito
liso. Olhos amendoados. Sorriso cativante. Nos seus vinte e nove anos já tinha
conhecido homens. Não muitos. O suficiente para saber o que valia e o que
queria. Idalécia queria um futuro melhor. Vivia no bairro dos
"Índios", ali na Meia Praia, um bairro em cima da areia, construído
clandestinamente a seguir à Revolução do 25 de Abril. Idalécia vivia com a mãe,
de 80 anos, e com o irmão, Vivaldo. Vivaldo tinha mulher e quatro filhos.
Explorava uma banca de peixe no Mercado de Lagos. Os tempos estavam difíceis. O
rendimento diminuía todos os meses. A casa era pequena para tanta gente.
15.10.13
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7 comments:
Ótima ilustração. Continuo lendo e rndo, depois de tantas leituras.
Mas onde 3 garrafas Loios, do João Portugal Ramos, não atrapalhavam...
grande mulher!!!
A Bé....
Rsrsrsrs
Grande Idalécia!
Com Idalécias destas não há terroristas que resistam.
e mesmo, nao havera terroristas que resistem:)))
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