“O Gordo"
estava sobre grande pressão. Nunca tinha havido um atentado em Portugal. O ministro
telefonava em cada meia hora. Queria saber da evolução. Queria culpados. Os
governos europeus pressionavam. As teorias não paravam. A especulação noticiosa
aumentava à medida que as horas passavam. O destino turístico do Algarve ficava
comprometido. Quem era o responsável? Que motivação haveria? Um acto
tresloucado? Ou um atentado? A onda de atentados na Europa há muito que não se
fazia sentir. Portugal não estava na rota do terrorismo. A Al-Qaeda estava,
aparentemente, controlada. A polícia estabeleceu o seu quartel-general nas
instalações dos Bombeiros Voluntários. Parecia evidente que o explosivo
sintético utilizado era de uma nova estirpe. A dimensão do caixote do lixo era
pequena. Seria difícil introduzir um pacote com mais de dez quilos. Acrescia
que a Rua Direita, onde o atentado se tinha dado, tinha um movimento
permanente. Era uma rua que não dormia. Mesmo depois do fecho dos bares, a rua
mantinha-se com gente até ao raiar do dia. Teria de ser um movimento rápido e
discreto. O explosivo usado teria de ser muito potente e concentrado para a
dimensão dos estragos. As análises preliminares não o reconheceram. As ondas de
compressão eram semelhantes ao C4, mas com uma tensão energética mais forte e
uma velocidade de detonação, seguramente, superior a nove quilómetros por
segundo. O “Sintex Z”, como o denominaram, era um produto novo. Quem o
fabricaria?
18.10.13
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9 comments:
muita pesquisa...muito CSI... para saber os pormenores forenses ;)
Não há imagens que possam ilustrar melhor do que as palavras...
Quem ? Quem ? Por amor de Deus ! Quem ?...
Segue nos próximos episódios...
À rasquinha!É que já não viro uma esquina descansada...
continuamos....
beijos
Jorge,
Consertei seu link. Faz um comentário lá na entrevista do Eduardo. Quero saber sua opinião.
Abraço,
Gustavo
ps: seu blog tá sempre despertando a gente.
Reconsidere a minha visita, mas de fato eu vim para pedir sua generosa audiência...
G.P.
OK. Vou ver.
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