13.12.13

INSTITUTO DE ODIVELAS - SEPULTURA DE D.DINIS

 
Na capela absidial está o túmulo de D. Dinis (1261 - 1325). Foi o sexto rei na Lista de reis de Portugal, com o cognome o Lavrador pelo grande impulso que deu à agricultura e ampliação do pinhal de Leiria ou o Rei-Poeta devido à sua obra literária. Em 1282 desposou Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como Rainha Santa.
Ao longo de 46 anos a governar os Reinos Portugal e dos Algarves foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação. Em 1297, após a conclusão da Reconquista pelo seu pai, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua Portuguesa como língua oficial da corte, criou a primeira Universidade portuguesa, libertou as Ordens Militares no território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio e de fomento económico. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1ºAlmirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas.
Nota pessoal: se ainda hoje muitos suspiram por D. Sebastião (esse rei-menino que nada fez para além de se matar em África), o que não se haveria de suspirar por este enorme rei).

8 comments:

daga said...

"Na noite escreve um seu Cantar de Amigo/O plantador de naus a haver,/
E ouve um silêncio múrmuro consigo:/
É o rumor dos pinhais que, como um trigo/De Império, ondulam sem se poder ver.

Arroio, esse cantar, jovem e puro,/
Busca o oceano por achar;/E a fala dos pinhais, marulho obscuro,/ É o som presente desse mar futuro,/ É a voz da terra ansiando pelo mar."
(in "Mensagem" de Fernando Pessoa)

Fatyly said...

Bela reportagem de algo que já visitei e subscrevo inteiramente a tua "nota pessoal".

As fotos ficaram excelentes.

João Menéres said...

E uns badamecos deitaram às malvas atlânticas a Língua Portuguesa e deixam arder as florestas...

Jorge Pinheiro said...

Estamos a ficar sem referências.

Anonymous said...

É o Jorge que me diz
Que o lavrador era Rei
Ele mesmo, o Rei D. Dinis
Oh! Como eu nada sei!

Ou era um Rei Lavrador
Um soberano genial
Que aos campos deu flor
E plantou um Pinhal?

E não fora D. Dinis
Não existiria o Pinheiro
Por um pouco, por um triz
Não teríamos blogueiro




:):):)

Li Ferreira Nhan said...

Este mosteiro é aberto a visitação?

Jorge Pinheiro said...

Julgo que sim. Tem de confirmar na net os horários.

Anonymous said...

Quem sabe D. Dinis não ande por aí com coração português e outra roupagem mortal? A vida continua sempre, talvez estejam cá reencarnadas muitas figuras históricas. Não foi Pessoa que afirmou que é a Hora!? Os planos de Deus são sempre surpreendentes....