O empregado do café-restaurante “O Náufrago”, ali por cima do Cais
da Solaria, lembrava-se de ter visto um homem loiro a passear pelo pontão, logo
a seguir à explosão. Até achara estranho a calma dele depois da tragédia. Na
altura comentara com o colega de serviço que se calhar o homem era surdo. Não,
não se lembrava da cara. Só o viu ao longe. E não ligou muito. Era loiro, sim.
Não era definitivamente marroquino. Inglês, alemão, dinamarquês, talvez. Tinha
óculos escuros e ia a fumar. Nada de especial a salientar. Levava uma toalha de
praia. Um turista absolutamente normal... “O Gordo” não encontrou mais ninguém
que tivesse visto aquele homem, mas estava seguro que era ele o bombista. O seu
instinto dizia-lhe que era ele. E uma coisa era certa: não era de origem magrebina.
Tudo se concentrava agora na ligação aos números de telefone recuperados do
cartão de telemóvel. Todas as mensagens e comunicações de voz foram trocadas
com um mesmo número. E esse número era de Bruxelas.
(Continua)
6.12.13
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6 comments:
Se calhar era belga...
A busca continua...
ao "Gordo" não lhe escapa nada...
O Gordo é tramado!
em frente,,,,,!
em frente,,,,,!
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