4.2.14

OPERAÇÃO CAÇÃO - XXXIX


Moema estava com um problema. O pedido de ajuda que tinha feito às autoridades de Macau não tinha tido ainda resposta. E isso, naquelas paragens, significava que estava por conta própria. Talvez se tivesse precipitado. Um excesso de voluntarismo que já lhe tinha valido a alcunha de “Furacão”. Mesmo assim, Moema decidira avançar. Tinha jogado tudo na confrontação de Valdemar com uma série de meras suposições. Mas ela sabia que acertara em cheio. A expressão de Valdemar durante o pequeno-almoço dizia tudo. Ele sabia que ela sabia, mas não sabia exactamente o que ela sabia. O próximo passo seria dele. Moema esperava agora uma tentativa de assassinato. Era nisso que ela jogava. Uma jogada de risco. Esperava conseguir prender Valdemar no acto de a tentar assassinar. Assim, as autoridades de Macau não poderiam deixar de intervir. Não estranhou, por isso, que quando Valdemar chegou à mesa com os dois croissants com queijo, a sua fisionomia estivesse completamente recomposta. Menos estranhou que, minutos depois, a convidasse para jantar naquela noite.  O jantar foi no restaurante “Camões”, na Doca dos Pescadores, uma zona de bares e restaurantes no estuário do rio das Pérolas.
Fotografia de Roberto Barbosa
(Continua)

3 comments:

daga said...

corajosa esta Moema! tem de fazer de isco para apanhar o criminoso...
(linda foto do Roberto!)

João Menéres said...

JORGE :

Como sabe, continuo com sem possibilidade de enviar e-mails, embora os receba.
A Dominique informou-me que a Myra já está em casa e razoavelmente bem. Vamos a ver se amanhã o PAROLE surge...

Um ab.

Jorge Pinheiro said...

OK. Obrigado.