Desde muito
novo sempre tive uma grande convivência com animais. Não que houvesse muitos
bichos lá por casa. Em Lisboa, lembro-me vagamente de um gato tigrado, devia eu
ter uns 6 ou 7 anos. Lembro-me de o atirar ao ar compulsivamente, cada vez mais
alto, até bater no tecto. Adorava ver como ele caía sempre de pé. Ainda hoje me
fascina essa capacidade dos felinos.
A minha
principal convivência com bichos foi no Instituto Ricardo Jorge, então ainda a
funcionar no Campo de Santana, no começo da Rua Gomes Freire. A minha mãe
levava-me muitas vezes para lá e, enquanto ela contava bactérias ao
microscópio, estava eu nas traseiras do edifício a brincar com os animais que,
em breve, iriam servir para experiências por inoculação.
O Sr. Zé (ou
seria Vicente?), o encarregado, era um homem forte, ligeiramente obeso, com
bigode preto, sempre de bata cinzenta. Tanto tratava dos bichos com desvelo,
como os matava logo a seguir com a maior das descontrações. Às vezes eu trazia
para casa cobaias, coelhos ou ratos brancos. Vinham em gaiolas, ficavam uns
dias e voltavam para o Instituto para o triste fim que os aguardava.
3 comments:
Criança adora animal. Depois passa. srsrs
Com que então levava bichos a passear em gaiolas...à maneira de UM TURISTA ORIENTAL...
EDUARDO :
Depois é só gatas !
na infância tive muitos gatos. Gostava muito da convivência com eles.
Nunca passou pela minha cabeça joga-los para cima ou para baixo a conferir se caiam em pé; sempre fui muito boazinha.
;)
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