5.3.12

MYRA E BRENNAND



Em 12/12/2010, publiquei o episódio XXXI da biografia da pintora Myra Landau, amiga e comentadora habitual deste blogue. Aqui se revela como ela conheceu Francisco Brennand.

Em 1978, Myra expõe na Galeria de Arte Global, em São Paulo. Uma exposição individual que a lança mediaticamente no Brasil. Concede entrevistas para a Televisão. Nas ruas pedem-lhe autógrafos. Um motorista de táxi reconhece-a. Não quer cobrar o serviço. Myra sente-se como Picasso ou Sofia Loren. Talvez um misto dos dois…
Continua uma intensa actividade no Brasil. Primeiro no Museu de Arte Moderna, em Salvador da Bahia. Depois na Casa da Cultura, no Recife. Aqui conhece gente fabulosa: Alexandrino Rocha e a mulher; João Câmara, talvez o melhor pintor brasileiro da actualidade; Raul Córdula, que a leva a conhecer um "outro" Brasil. Um Brasil inexplorado, onde floresce uma inteligência surpreendente. Um Brasil, simultaneamente, carregado de sensualidade e erotismo. Um Brasil autêntico e único. Viaja até João Pessoa, Olinda, Paraíba… Encontra poetas alcoólicos, militares dissidentes, personagens de romance, gente perdida que se encontra num copo nocturno. É por essa altura que conhece Francisco Brennand, uma personalidade esmagadora. Brennand tinha herdado vários engenhos de açúcar na zona de Recife. Decidiu transformá-los em oficinas de cerâmica. Passou a viver na fábrica. Produzia peças enormes. Peças à escala da sua personalidade. Peças gigantescas e eróticas. A Fundação Brennand está lá hoje, no Recife. Um terreno vasto, um pouco fora da cidade. As oficinas continuam a produzir. Uma obra absolutamente notável, absolutamente imperdível.

3 comments:

Li Ferreira Nhan said...

Encontro de Mestres!!!


(a galeria de Arte Global na Al. Santos... Nossa, lembro bem!)

Anonymous said...

Absolutamente imperdível !

Branca said...

Myra, sempre presente em todos os lados. Aqui com os maiores, que gostei de conhecer.
Deve ser mesmo imperdível toda essa obra de Francisco Brennand.

Obrigada pela partilha. Gostei.

Beijos