22.10.13

OPERAÇÃO CAÇÃO - XII


No dia 28, Lagos acordou sem dormir. A cidade estava de ressaca. As ambulâncias tinham uivado a noite toda. Os feridos graves eram transportados para Faro e Lisboa. Helicópteros da Força Aérea patrulhavam a baía de Lagos, sobrevoando a cidade em voos razantes. Foram chamados médicos e enfermeiros de todo o país. De Espanha veio uma corporação de bombeiros especializada em catástrofes. Cães pisteiros procuravam sobreviventes nos escombros das casas daquela que fora a Rua Direita. Turistas cancelavam as férias. A debandada era geral. A polícia tentava reter alguns. Uns porque eram testemunhas, outros porque podiam ser suspeitos. Por toda a cidade havia uma corrida aos táxis. Todos queriam chegar primeiro ao aeroporto. Os restos mortais e os despojos esfacelados das vítimas da explosão ocupavam as câmaras frigoríficas dos dois armazéns de peixe das docas. Especialistas forenses trabalhavam sem descanso na busca de vestígios esclarecedores. A identificação dos cadáveres era um puzzle sinistro.
(Continua)

9 comments:

Anonymous said...

Eletrizante esses momentos dessa saga policial.

myra said...
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myra said...

sim, sim, e a foto e tremeda!!!! continua!!!

João Menéres said...

Olha do que eu escapei !

Mena G said...

E eu, João! Mas ando com medo... :)

João Menéres said...

MENA

Não receies !
Bem sabes que o J.P. não passa de um miserável boateiro !


Não vi nada na TV !

Jorge Pinheiro said...

Só dá futebol...

João Menéres said...

E não viu um milagre ?
A ida à Tia Alice resultou !
Não estava lá o Jesus ?

daga said...

a descrição das consequências do atentado está boa no conto, mas a foto fica a condizer...