No dia 28, Lagos
acordou sem dormir. A cidade estava de ressaca. As ambulâncias tinham uivado a
noite toda. Os feridos graves eram transportados para Faro e Lisboa.
Helicópteros da Força Aérea patrulhavam a baía de Lagos, sobrevoando a cidade
em voos razantes. Foram chamados médicos e enfermeiros de todo o país. De
Espanha veio uma corporação de bombeiros especializada em catástrofes. Cães
pisteiros procuravam sobreviventes nos escombros das casas daquela que fora a
Rua Direita. Turistas cancelavam as férias. A debandada era geral. A polícia
tentava reter alguns. Uns porque eram testemunhas, outros porque podiam ser
suspeitos. Por toda a cidade havia uma corrida aos táxis. Todos queriam chegar
primeiro ao aeroporto. Os restos mortais e os despojos esfacelados das vítimas
da explosão ocupavam as câmaras frigoríficas dos dois armazéns de peixe das
docas. Especialistas forenses trabalhavam sem descanso na busca de vestígios
esclarecedores. A identificação dos cadáveres era um puzzle sinistro.
(Continua)
22.10.13
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9 comments:
Eletrizante esses momentos dessa saga policial.
sim, sim, e a foto e tremeda!!!! continua!!!
Olha do que eu escapei !
E eu, João! Mas ando com medo... :)
MENA
Não receies !
Bem sabes que o J.P. não passa de um miserável boateiro !
Não vi nada na TV !
Só dá futebol...
E não viu um milagre ?
A ida à Tia Alice resultou !
Não estava lá o Jesus ?
a descrição das consequências do atentado está boa no conto, mas a foto fica a condizer...
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