Todos os bens de Valdemar estavam em nome de off-shores.
Ninguém sabia quem ele era. Não saía de casa. Comandava tudo através de uma
poderosa e sofisticada rede de comunicações. Mas, agora, Valdemar estava
confrontado com um problema grave. Os chineses, que fabricavam o explosivo
sintético, já deviam ter feito a entrega há oito dias. Era Octávio que tinha
aquele “dossier”. Desde a sua execução os chineses começaram a ficar nervosos.
Valdemar fora obrigado a assumir a operação. Aquele era um negócio demasiado
importante para ele não se envolver directamente. Valdemar não gostava de se
meter com bombistas, mas naquele caso o pagamento era astronómico. O estranho
grupo de Bruxelas pagava dez milhões de dólares por cinquenta quilos de
explosivo entregues de forma faseada em cinco vezes. Valdemar empenhara a sua
palavra e a sua reputação. Os chineses não gostaram de ouvir outra voz ao
telemóvel. Esperavam Octávio e apareceu-lhes Valdemar. Desconfiaram e
interromperam a operação. Os explosivos já deviam ter saído do porto de
Guangzhou, capital de Guangdong (Cantão), num navio de carga com destino a
Marselha. Valdemar tomou uma decisão. Partiria imediatamente para Macau.
27.11.13
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
6 comments:
E vai deixar esta casa sem alguém que tome conta dela ?
Jorge, muito pouca gente percebe as brincadeiras e entre linhas desse seu conto. Daí, perdem parte importante do prazer e humor que contém.
O Eduardo, como sempre, tem toda a razão.
Sem dúvida. É quase uma "private joke".
amo seus Jokes!!!!
um mafioso este Valdemar...eu percebo as "brincadeiras e entrelinhas, Eduardo, não se preocupe... mas não pode negar que este Valdemar é um mafioso!
Post a Comment