Passearam de mãos dadas com o luar a
bater-lhes no rosto. Chegaram a um promontório isolado. Melzek beijou Idalécia
com intensidade. Beijou-a repetida e apaixonadamente. Idalécia deixou-se
arrastar até à beira do precipício. Num movimento súbito, Melzek empurrou-a.
Idalécia caiu. Ele viu-a cair em câmara lenta. Matava ali a sua esperança. A
esperança numa vida diferente. Percebeu que não era um homem normal. Nunca
poderia ser um homem normal. O passado perseguia-o. O futuro não existia. Viu-a
cair sabendo que nunca mais teria paz. Matava-se a si próprio. Um ruído surdo e
o corpo imóvel jazia no fundo da ravina. Melzek virou-se desesperado e recebeu
duas balas no peito. Recuou surpreendido. Um homem vestido de preto,
encostou-lhe o cano da pistola com silenciador à cabeça e disparou sem piedade.
O corpo de Melzek caiu do penhasco e ficou ao lado de Idalécia. Idalécia ainda
gemia quando viu o corpo do alemão estraçalhar-se ao seu lado. A “Irmandade
Branca” não perdoava.
(Continua)
5 comments:
Onde andam os leitores? Ou conto em capítulos não funciona?
Nada funciona. Isto é só para nos entretermos.
bem feito!!! já foste :)
Os maus lixam-se sempre... Os bons também.
esses mais depressa ainda :p
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