Moema não conseguira acompanhar Valdemar. Vira-o chegar ao lobby do
hotel, eram umas sete da tarde. Vira-o ser abordado por dois chinas. Ainda
tentou apanhar um táxi para o seguir, mas perdeu-lhe o rasto. Estranhou, por
isso, quando ele voltou, duas horas depois, acompanhado de duas prostitutas em
direcção ao bar. Viu-o mandar uma mensagem por telemóvel e pensou que aquela
mensagem poderia ser a chave de tudo. As comunicações de Valdemar estavam
sujeitas a intercepção, desde que Moema iniciara a vigilância lá em Imbituba.
Por volta da meia-noite, enquanto Valdemar comemorava no quarto acompanhado das
duas beldades chinesas, Moema recebia no seu portátil um e-mail do NTCT com a
indicação da comunicação, do número e do local destino. Apressou-se a reenviar
o e-mail para “o Gordo”, com uma nota de humor: “Joguei na sorte e a sorte
jogou em mim”. Eram quinze horas em Lagos. “O Gordo” acabava de se
alambazar com dúzia e meia de sardinhas assadas, bem regadas com uma garrafa de
tinto alentejano, no restaurante “Barrigana”. Nem queria acreditar quando o
iPhone apitou uma mensagem urgente. O cerco apertava-se. Bruxelas parecia ser
onde todos os caminhos iam dar.
Fotografia de Roberto Barbosa
(Continua)
7 comments:
Nunca pensei que pudesse levar mais do que uns vinte dias para publicar o conto todo. Este já é o 34ª capitulo...
Pois... Se calhar é demais.
As pessoas não leem, meu caro Jorge. No máximo CURTEM a imagem... srsr
Agora acabasse. Paciência.
Sem dúvida. Mas como sugestão, já que não leem mesmo, coloque trechos maiores.
Leio sim. Ólaré!
Mena: obrigado.
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