No dia 16
de Janeiro, a comunidade chinesa adoptou a política
dos três nãos: não entregar impostos; não prestar serviços ao Governo
(incluindo abastecimento de água e electricidade); não vender produtos
portugueses. Entretanto, emergiram figuras que, até aí, se tinham mantido na
sombra. Ho Yin, o líder da comunidade chinesa, é relegado para segundo plano.
Emergem dirigentes comunistas. Entre eles, Ho Cheng Peng, administrador da sociedade
comercial “Nam Kwong”. Uma sociedade que tutelava os interesses chineses em
Macau, controlada pelo Comité de Trabalho de Hong Kong e Macau, do Partido
Comunista Chinês. Em Macau, o Conselho de Defesa estava reunido quase em
permanência, sob a presidência de Nobre de Carvalho. Eram reuniões contínuas
até altas horas da noite. Alinhavam-se argumentos. Definiam-se estratégias.
Tudo em vão. As tentativas de chegar a um texto de acordo aceitável pelas duas
partes sucediam-se. As negociações eram conduzidas pelo Dr. Assumpção, advogado
macaense e representante de Macau junto da Câmara Corporativa, em Lisboa; por
Roque Choi, secretário e braço direito de Ho Yin; e por Mesquita Borges, chefe
de gabinete do Governador. Entretanto, por imperativa exigência chinesa, tinham
sido demitidos o Mota Cerveira, Galvão de Figueiredo e Vaz Antunes. O Comando
da Polícia passou a ser exercido, interinamente, pelo capitão Lages Ribeiro.
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2 comments:
"política dos três nãos"...
...
é uma idéia!
Até podem ser mais :))
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