Portugal, um pequeno país da periferia da Europa, pobre e com uma população de apenas um milhão de habitantes, decidiu conquistar a 21 de agosto de 1415 a estratégica cidade portuária de Ceuta, situada no reino de Fez, no Magrebe. E iniciou um processo de expansão territorial, marítima, económica, política, militar e religiosa que o levou a afirmar-se como potência mundial e a controlar o comércio global durante mais de 100 anos, através da criação de um império marítimo em rede nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.
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21.8.15
12.4.12
LISBOA - ESTALEIRO DOS DESCOBRIMENTOS
Enorme rampa de lançamento de barcos do séc. XVI foi descoberta debaixo da Praça D. Luís, juntamente com vestígios de estruturas de séculos posteriores. A descoberta tem menos de um mês. Os arqueólogos encontraram uma enorme rampa de lançamento de barcos do séc. XVI junto ao mercado da Ribeira, em Lisboa. Feita com troncos de madeira sobrepostos, a estrutura ocupa 300 metros quadrados. Na época, a zona ribeirinha da cidade foi designada como espaço privilegiado de estaleiros. Como a escavação ainda não terminou, os arqueólogos acalentam a esperança de ainda serem brindados, em níveis mais profundos, com algum barco submerso no lodo, como já sucedeu ali perto, tanto no Cais do Sodré como no Largo do Corpo Santo e na Praça do Município. No séc. XVI toda a zona entre o mercado da Ribeira e Santos era de praias fluviais. Mas não era para lazer que serviam os areais banhados pelo Tejo. Poucos anos após a primeira viagem de Vasco da Gama à India, "a zona ribeirinha da cidade é devassada pelos empreendimentos do monarca [D. Manuel I] e dos grandes armadores". Depressa surgem conflitos com a Câmara de Lisboa, ao ponto de o rei ter, em 1515, retirado ao município a liberdade de dispor das áreas ribeirinhas para outros fins que não os relacionados com o apetrecho e reparação das naus. São as chamadas tercenas, locais dedicados à função naval e representados em vários mapas da época. Mais tarde a mesma designação passa a abranger também o lugar onde se produziam e acondicionavam materiais de artilharia. A expansão ultramarina contribuiu para uma reestruturação do espaço urbano de Lisboa, que se organiza desde então a partir de um novo centro: a Ribeira. A maioria dos vestígios terá ser destruída depois de devidamente registada em fotografia e desenho, o arqueólogo diz que algumas das peças encontradas poderão vir a ser salvaguardadas e mesmo integradas no projecto do estacionamento, como já sucedeu com os vestígios do parque de estacionamento subterrâneo do Largo do Camões - ou então transportadas para um museu. "Face ao desconhecimento do que ainda pode vir a ser encontrado por baixo da estrutura de madeira do séc. XVI está tudo em aberto", salienta um responsável do Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico.
10.4.12
RECORDANDO POSTS - O BACALHAU É NOSSO
A maior descoberta da epopeia portuguesa não foi o caminho marítimo para a Índia. Não foi o "achamento" do Brasil. Nem sequer a chegada à Austrália ou a tomada de Ormuz. Curiosamente, o evento deu-se precisamente no ano em que Cabral esbarrou com terras de Vera Cruz, quando se dirigia para a Índia. Esse evento obscuro ocorreu no bafejado ano de 1500: Gaspar Corte Real atinge a Terra dos Bacalhaus ou Terra Nova e Labrador (actualmente). O que seria de nós sem esta descoberta? O que seria da nossa identidade? A Índia foi-se. O Brasil também. Até a África se perdeu. Mas o bacalhau é nosso! O bacalhau é o que resta do Império Colonial. O último sopro do "Quinto Império". Estranho é a data não ser comemorada. Estranho é haver mais de 1000 receitas de bacalhau e não haver "bacalhau à Gaspar"! Fica a sugestão.
27.2.12
25.2.12
PASSATEMPO - QUEM ESTÁ NO PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS?
No topo do Padrão dos Descobrimentos (Belém) está o Infante D. Henrique. Sabem quem são os outros? Fica o passatempo de fim-de-semana. Pois, e tem de ser pela ordem certa de cima para baixo (direita pela esquerda). E, já agora, tentem dizer o que eles fizeram pela Pátia. Ah, e o que acertar em mais nomes terá direito a um prémio muito especial. Um prémio supresa (não é político). Entretanto, vou ali já venho. Vou investigar uns claustros perdidos no meio das perigosas terras dos Templários.
13.4.11
DESCOBERTA DO BRASIL
Saber quem chegou primeiro ao Brasil revela-se tarefa quase impossível. Certo é que todos chegaram antes de Cabral.
1 – N última década do séc. XV, Portugal e Castela competiam ferozmente para obter a primazia no delineamento de uma rota para o Oriente. Foi um complexo processo político-diplomático, talvez dos mais empolgantes de sempre. Um processo que deu origem a vários Tratados: Alcáçovas, em 1479, definido a área de influência no Atlântico norte e sul, longitudinalmente; Tordesilhas, em 1494, de que resultou a partilha do Novo Mundo; Acordo de Saragoça, em 1529, na partilha do oceano Pacífico e Ásia Oriental.
Retirar o comércio levantino aos turcos e venezianos era o grande desiderato. Fazê-lo primeiro do que a Espanha era imperativo para Portugal.
2 – Bartolomeu Dias passou o Cabo da Boa Esperança em 1488. A rota que seguiu era, ainda, a tradicional. Uma rota junto à costa africana, com a terra à vista (ou quase). Bartolomeu apenas desceu mais um pouco, entrando nas águas do Antártico. Quando subiu, estava já no Índico. Mas, a partir de 1493 era já conhecida a chamada “volta pelo largo” que, a partir da zona da Mina, se entranhava pelo mar alto, aproveitando, depois, os ventos alíseos para descer. De facto, nesse ano, Abrãao Zacuto, apoiado por mestre Diogo e pelo médico José Vizinho, aperfeiçoara as tábuas quadrienais de declinações solares que permitiam a navegação em alto mar.
D. João II pretendia assegurar o domínio do Atlântico Sul, que lhe proporcionaria o exclusivo do Caminho Marítimo para a Índia, contornando a África pelo largo. A negociação do Tratado de Tordesilhas teve tudo a ver com isso. Daí a extensão de 100 para 370 léguas a Oeste de Cabo Verde, consideradas necessárias para efectuar a “volta pelo largo” com segurança. Secundariamente, havia o objectivo de obter novas terras a ocidente, de que se suspeitava (ou sabia…). Estes objectivos foram tão importantes que o rei não hesitou em fazer concessões a Castela: cedeu territórios no norte de África; permitiu a presença de pesqueiros espanhóis entre os cabos Não e Bojador (África); e, acima de tudo, renunciou ao projecto de indicar D. Jorge, seu filho bastardo, como sucessor (Castela não queria). Curioso, e abonatório da tese de que algo se sabia, é o facto de, prevendo o Tratado uma comissão mista para realizar uma expedição conjunta no sentido de determinar com rigor os marcos divisórios nele estabelecidos, nunca Portugal designou os seus representantes, pese embora as insistências de Castela.
Em Tordesilhas, devido à tenaz negociação de João II, ficou definido o futuro Brasil tal como o conhecemos hoje. Um território que ainda “não existia” e, no entanto, já lá estava.
3 – Morto João II, sobe ao trono D. Manuel I, seu primo. Em Outubro de 1497, D. Manuel casa com Isabel filha dos Reis Católicos. Quase simultaneamente morre o herdeiro dos tronos espanhóis. D. Manuel, por força do casamento, vê-se, de repente herdeiro de todos os tronos da Península. Embora com muitas vozes contra, D. Manuel acaba por aceitar as coroas de Castela e de Aragão. Parte para Espanha. Ainda jura o trono de Castela, mas já não o de Aragão. A mulher morre no parto. Manuel perde a qualidade de herdeiro presuntivo do trono e regressa rapidamente a Lisboa. Aqui, tudo se precipita. De novo a competição feroz. O rei quer impedir os Castelhanos, e até os ingleses que começavam com expedições a partir de Bristol, de ocupar terras que por direito (do Tratado de Tordesilhas) lhe pertenciam. Manda Duarte Pacheco Pereira em missão ao Atlântico Sul, para determinar com exactidão os limites da nossa zona de influência. Duarte, o “Aquiles Lusitano”, chega ao Brasil em Novembro de 1498, a partir da ilha de Santiago, em Cabo Verde. No seu escrito Esmerado de Situ Orbis, descreve, com grande detalhe e rigor, paisagens, gentes e costumes. Dá também indicações preciosas das latitudes e longitudes. Prova dessa descoberta é, também o Planisfério de Cantino, onde pela primeira vez aparece a representação cartográfica da região Brasílica.
4 – Mas se foi Duarte Pacheco Pereira o descobridor do Brasil, que se passou para não ter sido de imediato oficializada tal descoberta?
Pouco depois da descoberta de Pacheco Pereira, fundeava no Tejo a nau Bérrio, a 10 de Julho de 1499. Trazia a notícia da descoberta do caminho marítimo para a Índia. De imediato se desencadeou intensa actividade diplomática. Dois dias depois D. Manuel escreve aos Reis Católicos, a Maximiliano I e ao Papa, Alexandre VI. Em Castela o feito de Vasco da Gama convenceu os Reis Católicos a ignorar definitivamente as teses de Colombo, que caiu em desgraça. Rapidamente e em força decorreram os preparativos para a 2ª Armada à Índia. A 9 de Março de 1500 sai de Belém uma armada comandada por Pedro Álvares Cabral. Já não era um “pirata”, mas um nobre e um diplomata. Nove naus, três caravelas e uma naveta de mantimentos. Fazem a “volta do largo” e são arrastados para ocidente. A 10 de Abril passam no trecho da costa entre o cabo Calcanhar o rio de São Francisco. Os efeitos combinados das correntes “das Guianas” e “brasileira”, levam a frota para a Bahia de Todos-os-Santos. No dia 21 encontram ervas e aves. A 23 aproximam-se de uma embarcação com 18 ameríndios. A 25 de Abril a frota entra na baía, onde fundeia. Estava achada a Terra de Santa Cruz. Em terra ficariam dois grumetes e uns poucos degredados. Para aprendizagem da língua local e recolha de informações. A naveta, capitaneada por Gaspar Lemos, foi enviada para Lisboa, dando ao rei a boa nova. A frota segue para a Índia a 2 de Maio.
5 – Foi descoberta? Foi achamento? Puro acaso? Acção deliberado? Foi Cabral? Foi Duarte? A pergunta parece supérfula, porque o Brasil há muito estava descoberto. A questão é porque se demorou tanto a comunicar. A oficializar a descoberta. É estranho, se considerarmos que não havia dúvidas, face ao Tratado de Tordesilhas.
A verdade é que D. Manuel tinha receio. Receio de Castela. Quando a mulher morreu, o filho de ambos, Miguel de la Paz, ficou entregue aos avós, os Reis Católicos. Miguel passou a ser o herdeiro de todos os reinos da Península. D. Manuel ainda não tinha filhos. As insistências de Castela e outros factores “diplomáticos” que levariam muito tempo a contar, acabaram por vencer D. Manuel. Em Março de 1499, nas Cortes de Lisboa, Miguel de la Paz é jurado herdeiro de Portugal. Era o sonho de D. João II, agora invertido: um só rei peninsular, mas agora castelhano. É aqui que reside o segredo. Havia uma dívida de gratidão para com os Reis Católicos. Foram eles que defenderam o seu direito à sucessão contra o bastardo D. Jorge. Mais, Manuel precisava de comprar prata à Espanha par negociar as especiarias no Oriente. Sabia que a expedição de Gama tinha sido um enorme revés para Castela… Enfim, não lhe interessava dar a entender que para além de África e da índia, ainda tinha interesses a ocidente. Por isso, atrasou a informação. Não havia telejornais. Pode fazê-lo. Também por isso, terá dado instruções secretas a Cabral para simular um acaso, um “achamento” acidental, quando desde 1498 já sabia do Brasil, através da viagem de Pacheco Pereira. A reserva era tal que mesmo depois da naveta de Cabral ter chegado, a Junho de 1500, as primeiras notícias só circularam a partir de Junho de 1501. Um ano depois! Curiosamente, nessa altura já Miguel de la Paz tinha precocemente falecido, com apenas dois anos de idade.
O Brasil foi descoberto por Duarte Pacheco Pereira, em 1498, descoberta oficializada por Cabral, em 1500, e destinava-se apenas a operacionalizar a rota do Cabo. Hoje o Brasil é um continente e pode ser descoberto por todos nós.
Jorge Pinheiro
Publicado no blogue Olhar Direito.
12.4.11
HISTÓRIA DE PORTUGAL - A ÍNDIA
Chegar à índia foi o mais fácil. Ficar lá é que foi pior. Nunca percebemos onde estávamos. Nunca estivemos onde queríamos. Uma cultura que pensámos bárbara. E os bárbaros éramos nós. Acossados. Odiados. Resistimos de raiva.
1 - Entre 1384 e 1422, para variar, Portugal enfrentava uma brutal crise económica. D. João I, o Mestre de Aviz, o salvador da Pátria, inundou o país de “moeda desacreditada”. Um real de prata valia dezanove vezes menos do que no reinado de D. Fernando, seu antecessor e meio-irmão. Uma hiperinflação galopante que fez os preços quintuplicar. A bancarrota era certa, se o Mestre, acompanhado pelo perspicaz Infante D. Henrique, seu irmão, não tivesse decidido dar um salto em frente. Os conselheiros do rei reuniram-se em “congresso extraordinário”, em Torres Vedras (1412). Aí foi decidido desencadear o processo de projecção externa, com uma campanha de marketing nunca vista na Europa medieval. A primeira operação (de que aqui já falámos) foi a tomada de Ceuta, em Marrocos (1415). Avançar para o norte de África foi chegar às riquezas marroquinas e uma cruzada “pour épater les bougeois”, com aval do Papa. Os “títulos do tesouro”, naquela época, eram à base de saques, massacres, espoliações e a escravatura. A descida pela costa africana surgiu com naturalidade. Uma evolução na continuidade. Era até mais fácil. Os mouros revelaram-se duros de roer e com pouca carne. Os escravos negros saíam mais baratos. Eram um produto muito vendável. Revelaram-se pouco exigentes e de trato agradável. Juros garantidos. E o Preste João talvez existisse… Uma demanda utópica e rentável. O Papa aprovou novamente e a crise passou temporariamente. Só com D. João II, um imperialista entusiástico e de visão megalómana, houve uma estratégia concertada e abrangente para conquistar todo mundo (Espanha incluída). Ainda assim, não se tratava de criar riqueza, mas de aumentar o saque, como fazem hoje os principais bancos e especuladores. No final do século XV, o comércio oeste-africano que, ao tempo do Infante D. Henrique, se concentrara em Lagos, passa para Lisboa, onde era escoado pela Casa da Mina, situada no rés-do-chão do palácio real, junto ao estuário do Tejo, para permitir a fiscalização directa do rei. Mas D. João II queria mais. Queria apenas tudo…
2 - A Índia parecia evidente. Porque carga de água haviam de ser os turcos e os venezianos a beneficiar do comércio das especiarias? Ainda por cima, uns eram hereges e os outros… nem isso! Depois de Diogo Cão ter espalhado padrões por essa África abaixo, coube a Bartolomeu Dias passar o Cabo das Tormentas. Corria o ano de 1488. A rota do Índico estava aberta. O rei era cauteloso. Foi um dos precursores da moderna espionagem. Pêro da Covilhã parte por terra até à Índia, disfarçado de árabe e bom conhecedor do idioma. Ainda manda um primeiro relatório do Cairo. Depois… nada. Sabe-se que foi recebido com todas as honras pelo negus da Abissínia (Etiópia), mas impedido de sair do país. Desconhece-se se o rei recebeu mais relatórios. Nove anos decorrem desde que o Cabo da Boa Esperança fora dobrado. Porquê? Escreveram-se e escrevem-se rios de tinta sobre esses nove anos. Os nove anos mais importantes dos Descobrimentos portugueses. Os nove anos em que nada se descobriu. Entretanto, Colombo chega à América. Alguns dizem que estava ao serviço do rei português. Tudo seria manobra de diversão. O azar foi haver América. Entretanto, também, Afonso, filho de João II morre. Ele seria herdeiro de todos os tronos da Península. Facções internas achavam que se estava bem assim. Escravos. Algum ouro. Para quê gastar um dinheirão de retorno duvidoso? Que se passou ao certo? Não sabemos. Apenas especulações.
3 - Foi Vasco da Gama quem teve ordem de largada por mar, em Julho de 1497. A expedição marítima ocorre já no reinado de D. Manuel I, o Venturoso. Vasco era um rapazito ali de Sines, habituado a piratarias e arruaças. Um valdevinos, vagamente afidalgado. Ligeiramente bronco. Quando chegou a Calecut, em 1498, ficou admirado com o nível civilizacional atingido pelas cidades-estado indianas. Gama não foi sequer capaz de distinguir templos hindus de igrejas cristãs. Morreria convencido que se praticava, na índia, um culto aparentado com o cristão. É o mal de se mandar arruaceiros broncos a descobrir novos mundos. Mas este facto revela, também, que, se o relatório final de Pêro da Covilhã tivesse chegado, não se compreenderia este espanto do rapaz Gama. Enfatizamos este ponto, porque ele é vital. De facto, as relações com o Samorim de Calecut foram péssimas, desde o primeiro momento, e tornaram a nossa permanência na Índia um calvário. Onde teríamos de entrar diplomaticamente, acabámos por ter de entrar à força. Erro crasso, que viríamos a pagar caro.
4 – Vasco levava presentes sem valor. Umas contas de vidro; utensílios de latão; alguidares de plástico; pastilhas elásticas; enfim… E queria trazer pimenta, cravo e canela! O Samorim nem o recebeu. Não passou da antecâmara. Mais, quando desembarcaram foram imediatamente abordados por dois tunisinos que lhes perguntaram em bom espanhol: “Que diabo fazem vocês aqui?”. Os portugueses responderam: “Viemos procurar cristãos e especiarias”. Cristãos, tiveram de os baptizar à força. As especiarias vieram a poder de canhão. De facto, irritado com a conduta do Samorim, Vasco bombardeou a cidade. Apenas o poderio militar de longo alcance e a rapidez das caravelas permitiram a entrada no mercado indiano e o domínio do Índico. A verdade é que o monopólio veneziano-muçulmano das especiarias e produtos de luxo asiáticos seria interrompido. D. Manuel podia honrosamente intitular-se “Rei de Portugal e dos Algarves, Senhor da Guiné e da conquista, da navegação e do comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia”. Durante um século, um país sem expressão territorial, feito de gente rude e pobre, dominaria o Índico… e em breve viria o Brasil! Uma proeza difícil de explicar e ainda mais de entender. Ainda hoje tentamos perceber. As riquezas chegariam a Lisboa e evitariam a bancarrota por mais umas décadas. Apenas por mais umas décadas…
Jorge Pinheiro
Publicado no blogue "Olhar Direito"
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